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Cultura digital
19 Jul 2018

Cultura digital

Post by Melaine

Esse tema vai muito além de tecnologia. Diversos estudiosos, ativistas, pensadores já tentaram definir essa expressão em vão. Afinal, estamos em transição, então tudo que se estabelecer agora ainda será prematuro. Nossa sociedade está passível de vários diagnósticos, como a era da informação, cibercultura, revolução da cultura digital, mas na verdade todos esses termos estão em movimento.

 

A questão da cultura, principalmente no cenário corporativo, expressa um conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos de qualquer atividade profissional. Sendo assim, a cultura digital carrega a missão de explorar os anseios e expectativas de um mercado cada vez mais multicanal e conectado à atuação de cada colaborador de uma empresa.

 

Pra deixar mais claro, existe um dossiê publicado pela revista Telos, de Manuel Castells, sociólogo espanhol, que define a cultura digital corporativa em seis tópicos:

1. Habilidade para comunicar ou mesclar qualquer produto baseado em uma linguagem comum digital;
2. Habilidade para comunicar desde o local até o global em tempo real e, vice-versa, para poder diluir o processo de interação;
3. Existência de múltiplas modalidades de comunicação;
4. Interconexão de todas as redes digitalizadas de bases de dados ou a realização do sonho do hipertexto de Nelson com o sistema de armazenamento e recuperação de dados, batizado como Xanadú, em 1965;
5. Capacidade de reconfigurar todas as configurações criando um novo sentido nas diferentes camadas dos processos de comunicação;
6. Constituição gradual da mente coletiva pelo trabalho em rede, mediante um conjunto de cérebros sem limite algum. Neste ponto, me refiro às conexões entre cérebros em rede e a mente coletiva.

 

Era pra descomplicar, né?! É o seguinte, essa cultura digital veio pra unir aspectos que o universo corporativo determinou que jamais caminhariam juntos, como cultura e ciência. O resultado dessa união já pode ser percebido e vivenciado em muitas esferas como na neuroaprendizagem, neurobusiness, neuromarketing, entre outros.

 

E o que isso significa?

Testemunhamos o surgimento de uma nova era. Onde a visão não é mais fragmentada, mas sim omni, ou seja, no todo. O consumidor é cada vez mais global, os pontos de venda se tornam pontos de experiência, o profissional não se resume a sua habilidade e conhecimento, ele é um ser, um indivíduo completo e complexo. As pessoas não são mais somente uma ferramenta de trabalho. Nessa nova era digital há valor real no indivíduo.

 

O entendimento de que o mesmo ser que produz, distribui e vende também é o que compra, o que consome. É todo, completo, omni. O que vale nessa nova Cultura Digital, não é tangível, mas sim sensorial, emocional e disruptivo.

 

Por tudo isso, é possível afirmar que a palavra-chave para um futuro bem próximo nessa Cultura Digital seja “experiência”. Reflita!

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