Aproveitando o clima da Copa do Mundo, o que acha de saber um pouco mais sobre o comércio eletrônico do país que recebe o maior evento este ano?! O e-commerce cresce em todo o mundo, na Rússia não seria diferente:
-representa entre 10 % e 15% do varejo total do país.
-taxa de crescimento entre 25% e 30%.
-compradores online subiu de 12% para 15%.
-crescimento do e-commerce doméstico 23% – produtos mais pedidos: artigos esportivos e de lazer, produtos pets, vestuário e calçados, mantimentos.
-crescimento cross-border (além fronteira) 26%, e de pedidos de 80% em quantidade de encomendas (mais de US$ 4 bilhões) – países que mais recebem produtos da Rússia: China (8,7%), Países baixos (8,7%), Alemanha (6,6%), Itália (5,1%) e Japão (4,8%). Já os países que a Rússia importa envolvem a China (17%), Alemanha (13%), E.U.A (5,6%), Belarus (5%) e Itália (4,2%).
Enquanto que no Brasil a maior transportadora do e-commerce é a empresa dos Correios, na Rússia isso cabe à Russian Post. Que atende em torno de 1 milhão de envios internacionais, sendo 90% responsável pelo cross-border B2C (empresa/consumidor).
RÚSSIA X BRASIL
>> Consumidor
A semelhança entre esses dois públicos se aproxima na preferência do pagamento em débito. Mas, os russos preferem realizar em dinheiro e no momento do recebimento do produto. Brasileiros optam por cartão de débito e boleto. E 72% das compras online na Rússia são retiradas nas lojas. Lá o ominichannel é uma realidade, enquanto o Brasil evolui e caminha para esse futuro.
>>China
Ambos países comercializam muito com a China: Rússia importa 18% e Brasil 17%. Mas, na sede da Copa há maior representatividade, já que o site chinês AliExpress se tornou o canal de compras online mais popular do país: 23,8 milhões de visitantes/mês; 3,6 milhões de acessos/dia.
>>Logística
As estratégias diferem entre os países. A Rússia possui um LPI (Logistics Performance Index) de 2,57, o que garantiu a 99ª posição no ranking de 2016. Já o Brasil, ocupa a 55ª posição dessa lista, com um LPI de 3,09.
>>Trocas e devoluções
No Brasil, normalmente os serviços de trocas e devoluções de mercadorias ficam por conta do varejista, já na Rússia o encargo é do consumidor final.
>>Marketplace
Esse é um mercado em que o Brasil chega na frente, já bem posicionado no país, responsável por 25% do faturamento do e-commerce brasileiro. O Mercado Livre é o atual líder na categoria, seguido da B2W e da Via Varejo. A Rússia ainda está “engatinhando”, mas já percebe o potencial da Yandex.market (mais relevante que o Google, no país) de se tornar o maior marketplace do país, competindo diretamente com o AliExpress. Em ambos os países a Amazon, mundialmente conhecida, não é o e-commerce mais relevante, grande parte disso pela grande influência do mercado Chinês em solos brasileiros e russos.
Tudo isso mostra que o país da Copa do Mundo 2018 está se transformando em um mercado bastante atraente para os e-commerces. A médio e longo prazo, a perspectiva é de que a Rússia se consolide como um dos maiores mercados de varejo online da Europa.
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